Algumas fases da vida são marcadas por boas mudanças. Uma delas é a construção ou a reforma de uma casa. Talvez, esse é um dos maiores desejos dos brasileiros. Poder fazer a manutenção de um imóvel ou a renovação de um espaço é mesmo bem animador, só que também assusta muita gente.
Isso porque a gente sabe que uma reforma pode dar muitos problemas, que é difícil pesquisar todos os materiais e mão-de-obra necessários para a obra e que é ainda mais difícil fazer tudo caber no orçamento.
Para calcular uma estimativa de quanto sairá a construção de sua residência, por exemplo, podemos utilizar o CUB.
O que é o CUB?
CUB (Custo Unitário Básico) é um indicador monetário que mostra o custo básico para a construção civil. Seu objetivo básico é disciplinar o mercado de incorporação, servindo como parâmetro na determinação dos custos do setor da construção civil.
No dia 16 de dezembro de 1964, com a publicação da lei nº 4.591 (art.54), o sindicato da Indústria da Construção Civil de cada estado brasileiro (SINDUSCON) passou a calcular e publicar, até o dia 5 de cada mês, as diversas especificações do Custo Unitário Básico por metro quadrado de construção.
Seu cálculo tem como base diversos projetos-padrão representativos (1, 4, 8 ou 12 pavimentos; 2 ou 3 quartos, nos padrões de acabamento baixo, normal e alto) levando-se em conta os lotes básicos de insumos (materiais, mão-de-obra e equipamentos) com seus respectivos pesos constantes anteriormente da NB-140/64, hoje NBR – 12721/99, da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT.
Em função disso, existem valores diferentes de CUB de acordo com a categoria da construção. A média de todos eles são conhecidos como Custo Unitário Básico médio (CUBm). Esse é o indicador mais utilizado e divulgado pela mídia. Desde 1987, ele também tem sido frequentemente empregado como indexador de contratos no mercado financeiro.
Podemos consultar o CUB de cada estado do país através do site cub.org.br. No caso do estado de São Paulo, nos baseamos no site sindusconsp.com.br/cub/
Na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações, submuramentos, paredes-diafragma, tirantes, rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações, tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, ar-condicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte), ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; impostos, taxas e emolumentos cartoriais, projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador.”
Exemplo:
Tomando com estimativa vamos considerar um acréscimo de 25% do valor da obra para todos os projetos necessários a execução (arquitetura, fundação, estrutura, elétrica, hidráulica) + 30% BDI, totalizando um acréscimo de 55% no valor.
Se levarmos em conta o CUB do estado de São Paulo, padrão R8-N com desoneração (Residência unifamiliar padrão normal) em dezembro de 2020 = R$1.616,19 R$/m²
R$1.616,19 R$/m² + 55% de acréscimos de projetos e BDI, teríamos um total de R$2.505,09 R$/m².
Ou seja, para uma Residência unifamiliar padrão normal: 1 pavimento, 3 dormitórios, sendo um suíte com banheiro, banheiro social, sala, circulação, cozinha, área de serviço com banheiro e varanda (abrigo para automóvel) de 130,00 m² teríamos um custo aproximado de R$2.505,09 x 130,00 = R$325.662,28.
Lembramos que para chegarmos a um valor mais assertivo deverá ser feito um projeto executivo e uma planilha de custo de todos os itens usados em obra. Os valores acima são estimativas e poderão ser usados para calcular o valor do projeto de cada modalidade. No caso de arquitetura, os projetos variam entre 10 e 20% do valor da obra.